Resenha do livro: Ética Protestante e o Espírito Do Capitalismo - Max Weber. Capítulo 1 – Filiação religiosa e estratificação social
753 palavras
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O autor Max Weber faz uma análise sobre as fundações do capitalismo, sob a argumentação de que o protestantismo, principalmente o calvinismo, foram as molas propulsoras do desenvolvimento desse sistema, e que na Alemanha era o local da mão de obra técnica para as modernas empresas. Ele usa termos como: donos do capital, propriedade do capital (típico dos analistas marxistas) e começa usando o pressuposto da guerra das classes pelos meios de produção, este é seu pano de fundo. O termo guerra de classes não aparece no texto, contudo, ele pode ser visto por trás, quando o autor fala que a reforma protestante não eliminou o controle do catolicismo na sociedade, mas substituiu o sistema por outro, e um ainda pior. Essa visão mostra que havia uma luta pragmática para fazer a gestão dos meios econômicos. O termo pragmatismo também não é visto no texto, entretanto, é notado quando o autor argumenta que as cidades mais ricas aderiram ao protestantismo (puritanismo) para usufruírem do controle que o sistema religioso exercia na sociedade. Dentro desse arcabouço, Max relata que a educação para ocupações comerciais e industriais era estritamente protestante, fomentando assim o acumulo de capital desses grupos anos depois. Ainda sobre a educação, Max defende que a mentalidade da sociedade quando era educada no ambiente religioso protestante, produzia as escolhas para o mercado, para a profissão, para a ocupação industrial, esvaziando a linha de artesãos. O estado não oferecia serviços, diante disso, todos partiam para a esfera da economia, o nascedouro do futuro liberalismo econômico. A busca material dos calvinistas contra o asceticismo católico é focada pelo autor, mostrando que a corrida para o progresso e o combate a ociosidade promovida em Genebra e outros locais protestantes, ajudaram no crescimento do capitalismo. As perseguições e a diáspora calvinista espalharam a semente do espírito do capitalismo no mundo, fazendo com que houvesse o que o autor chama de aristocracia