Resenha do livro o índio e a conquista portuguesa
O livro conta a história dos contatos e confrontos entre índios e portugueses, que resultaram na derrota e dominação dos primeiros pelos segundos, nos mecanismos utilizados pelos portugueses para derrotar os índios e tomar posse da terra.
Os índios na visão dos portugueses
Uma visão paradisíaca do Brasil
Saindo de Portugal no dia 9 de março de 1500, a frota de treze navios comandada por Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil. O que então aconteceu, sabemos hoje através das cartas escritas por Pero Vaz Caminha.
Caminha começou a comparar os índios a animais selvagens. Disse que a aparência do índio era saudável, e ficou encantado com seus corpos robustos.
Quando se deu o primeiro contato entre índios e portugueses houve trocas de presentes, mas a distancia. Caminha observou que os índios andavam nus, não trabalhavam, viviam sem esforços, colhiam e se alimentavam de raízes, cevadas, frutos, peixes, etc. A natureza não agredia ao homem, ao contrário parecia fornecê-los de todas as formas, facilitando sua existência. O clima era ameno, diferente da Europa. De fato, no Brasil os portugueses pareciam ter descoberto o paraíso.
Uma sociedade sem governo
No inicio dois índios foram levados por Afonso Lopes, mas eles não se acostumaram com a vida que levavam os europeus.
Caminha começou a perceber que os índios não tinham nenhuma forma de governo, não tinham nenhum individuo provido de autoridade, capaz de representá-los perante o capitão e falar em nome daquela gente.
Os europeus tentaram compreender a sociedade indígena
Segundo Vespúcio, os índios não têm economia, tudo lhes é comum, não tem política, nem tem templos e nem leis, não tem religião. Enfim, não tinha nada que uma pessoa “civilizada” tinha.
O português Pero de Magalhães, disse que na língua tupi, não havia as letras F, L e R, e ficou espantado, porque assim eles não tinham fé, nem lei, nem rei, e desta maneira vivem desordenadamente sem terem, além disso, conta nem peso,