Resenha do Livro - o que é poder
No primeiro capítulo do livro, Gerard Lebrun discute sobre força, potência e poder. Ele acredita que os homens só respeitam a autoridade porque sabe que uma infração resulta em uma punição, ele defende ainda que nenhuma organização política poderia existir sem haver dominação. Então, nos capítulos seguintes, o autor se mostra bem de acordo com a teoria da Soberania defendida por Hobbes.
Hobbes se opôs às ideias de que o homem é um ser político e social e de que a república seria uma união destes para viverem bem e feliz. Para ele o homem era na verdade um ser apolítico e antissocial, assim, defendia que a República deveria ser instalada com a finalidade de proteger os homens do estado natural, que seria um estado onde a vida seria uma guerra de todos contra todos, porém para que isso se concretizasse, seria necessário, que todo homem abrisse mãos de seus direitos e estabelecesse um contrato garantido pelo soberano.
O Autor utiliza como estratégia rebater todas as críticas feitas pelas demais filosofias e mostrar que estas, só discutem os pormenores mantendo a essência da teoria hobessiana.
Embora defenda sua tese com bons argumentos durante a maior parte do livro, há momentos que Lebrun “peca” pela manutenção de uma postura radical. Mesmo contra críticas bem estruturadas, ele tentará, em vão, convencer o seu leitor ser a teoria hobbesiana a mais correta, ou necessária. Acusada de ser uma mera apologia ao despotismo, Hobbes será defendido pelo autor com dois argumentos não convincentes. Para ele os críticos esquecem que: o soberano é a única desordem eficaz e que ele tem como obrigação, zelar pela vida boa e cômoda dos súditos e pela sua segurança. Assim, caso não satisfaça as exigências mínimas da população ele não governará por muito tempo. Todavia Lebrun parece não levar em consideração, que muitas vezes, a população não tem consciência de seus direitos mínimos e consequentemente não pode reivindica-los ao seu