Bruna Apendino

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO BRASIL
Os anos 80 no Brasil parece ter marcado o fim de uma estratégia de desenvolvimento, centrada na substituição de importações e em forte intervenção do Estado na economia. Ou seja, o esgotamento dessa estratégia refletiu a perda de dinamismo do principal fator de expansão – o investimento público. A perspectiva de crescimento foi abalada ainda mais com a instabilidade decorrente das tentativas frustradas de estabilização ao longo da segunda metade da década de 1980 até 1994.
Também nota-se uma mudança no cenário internacional na década de 1980 que foi criticada para a definição dos limites para a estratégia. Essas mudanças foram sentidas sob a forma de esgotamento dos mecanismos de financiamento externo herdados da primeira crise do petróleo, desembocando na crise da dívida externa de 1982. A insistência numa estratégia de desenvolvimento “orientada para dentro” deixou o país de fora da fase inicial do processo de inovação, comprometendo a capacidade de competição da economia.
Países Asiáticos com mercados internos pequenos ( Coréia do Sul, Taiwan, Malásia) voltaram-se para fomento ás exportações, o que implicou fabricar produtos de maior conteúdo tecnológico. Para isso, foi também fundamental colocar a educação como prioridade, o que resultou na formação de profissionais qualificados.
Alguns desses países, como Coréia do Sul e Taiwan, cursaram diferentes caminhos de desenvolvimento, comparativamente aos países latino-americanos, tais como: expansão geral do sistema de educação, altos níveis de investimento estrangeiro, investimento pesado em infraestrutura de telecomunicações, importação de tecnologia combinada com iniciativa local de mudança tecnológica, integrada com a P&D industrial foram os fatores responsáveis pelo alto desenvolvimento tecnológico alcançado pelos países asiáticos.
No Brasil, a falta de políticas públicas para compartilhar o risco de P&D com as empresas como o principal argumento para justificar o