Resenha capitulo iv e v do livro microfísica do poder
Microfísica do Poder de Michel Foucault
Na obra Microfísica do poder, Michel Foucault explica como os mecanismos de poder são exercidos dentro e fora do aparelho do Estado, mostrando as relações desse poder nas sociedades modernas e como ele produz “verdades”, cujo objetivo é a dominação e controle do homem através de determinadas práticas econômicas e, sobretudo, politicas.
O capitulo IV, chamado “Os intelectuais e o poder”, é uma conversa ocorrida entre o próprio Michel Foucault e outro filósofo, o francês Gilles Deleuze. No diálogo, eles analisam a fragilidade do Sistema, a inação dos intelectuais e de suas teorias, bem como as distintas manifestações de luta contra o poder atualmente.
Foucault rejeita a posição do intelectual como agente da consciência e produtor da verdade. Segundo ele, os intelectuais sabem que as massas não precisam deles para obter conhecimento e sabedoria. Nada obstante, existe um sistema de poder que acaba proibindo esse discurso, obrigando os intelectuais a desenvolver esse papel.
Por outro lado, para Gilles Deleuze esse sistema em que vivemos nada pode suportar, disto decorrendo sua fragilidade radical em todos os aspectos. Deleuze faz questão de destacar que Foucault foi o primeiro a denunciar a indignidade do falar em nome dos outros.
No diálogo entre ambos também é abordada a prisão. Michel Foucault explica que a prisão é o único lugar onde o poder se manifesta no seu estado puro, com medidas extremamente exageradas e tudo se justifica como poder moral. Ele diz que nas prisões o poder não se esconde, pois “sua tirania brutal aparece então como dominação serena do Bem sobre o Mal, da ordem sobre a desordem”. A partir desse tratamento justificado dado na prisão surge o ódio por parte do povo, que inicia uma luta contra a justiça; entretanto, essa luta não é contra as instituições judiciárias e sim contra o poder que estas detêm.
Tanto Foucault quanto Deleuze questionam de onde vem e