Resenha do livro Visoes da liberdade

Resenha: Visões da Liberdade
Uma história das últimas décadas da escravidão na corte
Sidney Chalhoub

Aluno: Wesley Garcia
1 Semestre de 2013

Sidney Chalhoub, professor de História na Unicamp, inicia sua pesquisa sobre os significados da liberdade para escravos e homens livres pobres na Corte do Rio de janeiro, de forma instigante, prendendo a atenção do leitor a partir das primeiras páginas. Em função de sua escrita clara e de sua argumentação muito bem desencadeada o livro pode ser lido com facilidade, ganhando muitas vezes o aspecto de um romance.
Além de ter escolhido um tema muito frutífero à analise e fundamental para o desencadeamento e entendimento dos processos históricos brasileiros ,o autor introduz ao leitor sua metodologia teórica de forma elucidativa, fazendo o seu leitor acompanhá-lo nos métodos de dedução de zadig . O historiador da cultura, vai expondo aquilo que acredita ser o trabalho de pesquisa em História, ou seja o esforço minuciosos de decodificação e contextualização de documentos para chegar a descobrir o que o autor chama de “dimensão social do pensamento”. O autor chama a atenção para a concepção do historiador primeiramente como um grande observador e investigador das pistas que os documentos deixam para que se entenda as formas de pensar na sociedade estudada.
Sidney Chalhoub dialoga com as linhas de pesquisas em História que tem sido recentemente adotadas, que podemos chamar de micro- história, apesar do autor não referir-se a este termo durante sua argumentação. Chalhoub chama para a analise uma importante discussão sobre as afinidades entre a História e a Antropologia Social, ampliando seu arcabouço teórico com a exposição de concepção de análise histórica que variam entre autores como Carlos Ginzburg, Robert Darnton, E. P. Tompson e o antropólogo Clifford Geertz.
O autor, relata, como poucos, os meandros das pesquisa histórica, comentando que nem sempre o projeto inicial para um trabalho permanece o mesmo até