"RESENHA DO LIVRO NA NOITE PASSADA EU SONHEI"
Buscar uma compreensão dos sonhos está além de simplesmente interpretá-los. O sonho é enigmático e misterioso e simplesmente único e assim como a “realidade” deve ser visto não apenas como um fato isolado e sim como uma existência da pluralidade do ser.
Boss em seu livro noite passada eu sonhei... – 1979 , 205 pag., afirma que o sonhar assemelha-se a “realidade” pelo fato de assim como no estado desperto o sonhador pode intervir na situação sonhada. Desta forma, o sonhar e estado desperto, são dois modos diferentes de reger a realização da mesma existência.
Há, entretanto algumas diferenças entre o sonhar e a vigília. A primeira é que no sonho há uma menor abertura no campo da percepção e liberdade, que são abertos e mantidos pela existência daquele que sonha. Outro ponto se dá quanto à temporalidade, pois no primeiro desenvolve-se apenas no presente, enquanto que no segundo é possível realizar relações com o futuro, presente e passado. E por fim Boss aponta que o sonho apresenta-se ao sonhador como um acontecimento estranho.
Diferentemente de outras abordagens a daseinsanalise não está preocupada em interpretar o conteúdo latente do sonho, mas deixar com que todo conteúdo advindo se conservem exatamente como apareceram ao sonhador, assim convidando o paciente a conhecer as possibilidades de viver o que apareceram no sonho, deste modo trazendo as percepções do sonhado, contribuindo para o esclarecimento existencial de um indivíduo.
Pensar que somos capazes de revelar todo um conteúdo apenas fazendo uma interpretação simbólica de um acontecimento onírico, é o mesmo que jogarmos dardos a cega, pois o erro é mais que certo. Sendo assim o importante não é acertar o alvo e sim ver as possibilidades que há a sua frente, e deixar com que o paciente escolha de forma responsável qual o caminho conduzirá, de forma com que tudo em seu mundo evoluam para a conquista da