Saúde da mulher
A dor e o medo são provavelmente os mais primitivos sofrimentos do homem. A dor é uma experiência desagradável, sensitiva e emocional, associada com lesão real ou potencial dos tecidos ou descrita em termos dessa lesão. Temos que admitir que, na ausência de lesão tecidual, o paciente com dor interpreta seu sofrimento como se houvesse aquela lesão ou, em outros termos, ele relaciona a experiência desagradável com algo que estivesse alterado seu organismo.
Dentro desse contexto, o que significa a dor? O que expressa ela? Para responder essas perguntas de forma sintética se poderia dizer como Sazasz que a simbolização da dor ocorre em três níveis. No primeiro ela constitui um sinal registrado pelo ego de que se acha em curso uma ameaça a integridade estrutural ou funcional ao organismo. No segundo nível, ao verificar-se que a experiência pode ser repartida, isto é, comunicada a outra pessoa faz da dor um meio básico de pedir ajuda. No terceiro último nível de simbolização, a dor pode ser utilizada como forma de manipular os outros, ganhar o controle sobre eles, ou então já outro plano, como forma de avaliar a culpa por alguma falta real ou imaginaria cometida anteriormente.
Mas a dor não apresenta só aspectos negativos. Ela é uma forma de aviso, de alarme, para o organismo: uma espécie de “algo está errado comigo”. Por outra parte, e em termos práticos, a dor aparece como o sintoma mais comum em Medicina Clínica e se admite em 75% dos pacientes que consultam um hospital geral de dor como sintoma predominante, e a síndrome de dor crônica é a principal causa da incapacidade nos EUA. “As “dores superficiais, originadas na pele, caracterizam-se por serem “em picada” ou em “ardência” e sua localização é bem definida. A dor referida expressa classicamente uma dor profunda sentida longe do seu local de origem.