Resenha do livro cabeça bem feita
MORIN,Edgar. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento; tradução Eloá Jacobina, 3.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. 128 p.
Edgar Morin nasceu em Paris em 8 de julho de 1921. É antropólogo, historiador e filósofo, considerado um dos maiores intelectuais contemporâneos. É autor de vários livros sobre educação, dentre os quais "A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento", lançado em 1999.
Nesta obra, o autor critica o sistema de ensino vigente, no qual o aprendizado se dá de forma fragmentada e descontextualizada e defende a necessidade da reforma do ensino, através de uma mudança do pensamento. Segundo o autor, o atual sistema de ensino tende a “superespecialização”, que tem como consequências o “despedaçamento do saber”, a ignorância e a incapacidade de ver os problemas como um todo.
Para Morin, é necessário uma reforma do pensamento no sentido de que a aprendizagem não seja apenas um acúmulo de saberes, mas o desenvolvimento da aptidão para “ligar os saberes e lhes dar sentido” e usar o que se sabe na resolução de problemas dentro de um contexto. É necessário que se compreenda a dependência entre o conhecimento das partes e o conhecimento do todo e que se reconheça e examine os fenômenos de forma multidimensional. É preciso substituir um pensamento disjuntivo e redutor por um pensamento do complexo.
O autor propõe que a reforma do pensamento deveria partir de um programa interrogativo que expusesse a natureza biológica e cultural do ser humano para que assim ciências e outras disciplinas estejam reunidas e o ensino se dê de forma global. Defende que a aprendizagem deve se dar pela via interna e pela via externa - a via interna através da autoanalise e da autocrítica e a via externa através da introdução ao conhecimento das mídias (televisão, videogames, anúncios publicitários etc) - e que somente no ensino secundário seria