Resenha do filme "a pele que habito" de Pedro Almodóvar
Discentes: Adrieli Souza Silva e Helena Torres Brasil
A tecnologia a serviço do mal
“A pele que habito”( País de origem: Espanha: Gênero: drama, Tempo de duração: 117 minutos, ano de lançamento: 2011), produção do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, é uma adaptação do livro Tarantula, do escritor francês Thierry Jonquet. A obra fílmica é complexa e excelente porque leva o espectador a refletir sobre o impacto da tecnologia na sociedade.
O enredo trata-se da vingança de um cirurgião plástico, Robert Ledgard (Antonio Banderas), pelo suposto estuprador de sua filha, um jovem chamado Vicente (Jan Cornet). Este rapaz é sequestrado pelo médico que o usa como cobaia utilizando os avanços tecnológicos de forma inescrupulosa. Ele é submetido à uma mudança de sexo e passa a ser monitorado através de câmeras.
Trancado em um quarto, Vicente (que agora sob a pele de uma mulher, atende por Vera), só possui um meio de distração, uma TV que futuramente lhe dará subsídios para se libertar. A trama nos mostra a influência da televisão sobre nossas vidas, como ela é capaz de condicionar e manipular as massas. Isso fica evidente nas cenas em que motivado por um programa televisivo o prisioneiro passa a ler livros sobre yoga e a praticá-la.
Há também o episódio em que ele assiste a um predador atacando sua vítima, a onça parece brincar com seu futuro alimento antes do ataque letal. Inspirado nessa cena Vicente/Vera irá seduzir seu algoz, conquistar sua confiança e dar a cartada final.
A partir desses exemplos pode-se inferir que a televisão serve como meio para políticos corruptos, empresários e outras entidades induzirem o comportamento da sociedade. Desta forma disseminam ideologias, vendem seus produtos e manipulam o espectador para obterem vantagens.
Outra abordagem da tecnologia é a vaginoplastia, usada na trama para uma vingança, pode na vida real realizar o sonho de uma pessoa que vive em um