Resenha do filme lixo extraordinario

O lixo do aterro Jardim Gramacho – o maior da América Latina, em Duque de Caxias no Rio de Janeiro foi o palco escolhido pelo artista plástico brasileiro Vik Muniz para execução do seu projeto de utilização do lixo como matéria-prima para confecção das suas obras artísticas. Todavia o projeto não se limita apenas a criações de obras, mas visa transmutar a vida das pessoas daquela localidade mostrando o valor e a força que elas possuem. Segundo Vik, o lixo é para onde as pessoas jogam o que não querem mais, assim como os catadores de lixo, que vivem à margem da sociedade, logo se sentem como expurgos da sociedade.

O documentário dirigido pela americana Lucy Walker registra o processo para obtenção do trabalho artístico de Vik. O filme começa com a vinda do artista para o Brasil e “abandono” do seu estúdio nos Estados Unidos. O objetivo disto é o melhor conhecimento a cerca da vida e cotidiano, realidade dos catadores. Ele, Vik, tenta aos poucos ganhar a confiança deles e os coloca a par do seu projeto que é a transformação do lixo, material de sobrevivência daquelas pessoas e visto pela sociedade como abominável em obra de arte. Todavia ele deseja a colaboração ou participação desses indivíduos para realização do projeto, com esta ação Vik Muniz tenta tocar com a parte psicológica dessas pessoas, que muitas vezes tem uma mente desacreditada, além de baixa estima, pela marginalização e discriminação ao qual são expostos. Sendo assim, Vik possui dois desafios: metamorfosear aquilo que é visto pela sociedade como lixo em arte e ajudar a transformar a vida e condição social dos coletores de resíduos que participaram do seu projeto. Com o transcorrer do tempo e melhor conhecimento a cerca da história os catadores deixam de ser meros elementos figurativos para se tornarem os protagonistas do documentário.

O artista plástico inicia o processo do projeto com a tiragem de fotos dos catadores. Logo após escolhe as melhores fotos e leva todos os participantes ao