resenha do filme Bahia de todos os santos
Faz parte do "fenômeno baiano" que marcou os primeiros cinco anos da década de 1960 do cinema brasileiro e é considerado um precursor do cinema novo.O longa foi filmado nas ruas, praias e no cais de Salvador, mostrando a vida dos meninos pobres e marginais;- Trigueirinho Neto largou o cinema, vindo a tornar-se, mais tarde, um líder espiritualista com milhares de seguidores e muitos livros publicados;- Estreia de Antônio Pitanga no cinema. No filme ele foi creditado como Antônio Sampaio.Na Bahia da década de 1940, Tônio é um jovem que vive oprimido pela miséria e pelo preconceito. Abandonado pelo pai branco, mãe negra doente, ele vive com a avó, Mãe Sabina, que mantém um terreiro de Candomblé, alvo de perseguição policial. Foge da família, vive praticando pequenos furtos e é sustentado por uma amante estrangeira, Miss Collins. Seus amigos Manuel, Pitanga e outros também são criminosos e se encontram num esconderijo numa praia afastada. O irmão de Pitanga é estivador e numa greve que reivindica a instalação de um sindicato é morto pela polícia. Pitanga tenta ajudar o irmão e na briga um policial também acaba morto, obrigando-o a fugir junto com outros grevistas. Tônio rouba cinco contos de sua amante e os dá a Pitanga para ajudá-lo na fuga. Ele conta à mulher que pegou o dinheiro mas diz que não foi para si. Ela deduz que foi para ajudar os "comunistas" (os grevistas sindicalistas) sobre os quais leu nos jornais e, depois de Tônio brigar com ela e a abandonar, o denuncia para a