Resenha do artigo sobre miscigenação
O presente artigo de Ronaldo Vainfas se desenvilve a partir das notas sobre equívocos e tabus da historiografia brasileira no que tange à colonização, miscigenação e questão racial de um extenso rol de autores e estudiosos brasileiros e estrangeiros como Varnahagen, Capistrano de Abreu, Gilberto Freyre, Charles Boxer, Florestan Fernandes e Líllia Schwarcz, dentre outros.
A necessidade de analisar as ideias de alguns autores, em relação à colonização, à miscigenação e questões raciais, é primordial. É necessário, então, repensar as contribuições de todos os estudiosos.
O autor realça o encontro de três povos postos em cena pelo descobrimento do Brasil e pela colonização efetuada pelos portugueses.
A miscigenação étnica era vista como um problema, e se deu muita prioridade a contribuição portuguesa para esta mistura, restando ao índio e ao negro um papel secundário, a partir deste ponto, a questão da miscigenação étnica estava posta, mas com tudo, apesar de inovadora, não foi seguida ao longo do século XIX.
Surgiram várias obras e autores em torno deste assunto, porém a história do branco era enaltecida e o índio era considerado um selvagem, e o negro silenciado, houve um ocultamento racial, cultural e étnico.
Na virada do século XIX, surge Capistrano de Abreu, inovando a interpretação na historia do Brasil colônia em vários aspectos. Abre sua obra “Capítulos de historia colonial” com “Antecedentes indígenas” e concebe o Brasil como território disputado por vários países. Se em Varnahagen a colonização portuguesa, suas motivações e instituições eram exaltadas, com Capistrano de Abreu o objeto de