Resenha de a língua de eulália, a novela sociolingüística, bagno, marcos. editora contexto, 1997.
A obra sociolingüística de Marcos Bagno, A Língua de Eulália, procura mostrar que o uso de uma linguagem “diferente”, não deve ser considerado um "erro de português". O modo esquisito de falar das pessoas pode ser explicado por algumas ciências como a lingüística, a história, a sociologia e até mesmo a psicologia. Para os lingüistas A Língua de Eulália trata do preconceito lingüístico sob o ponto de vista social, histórico e econômico. Mostrando que os chamados “erros de português” são apenas uma das variedades da língua, apontando as diversas camadas de um mesmo idioma, sendo tratado como um leque de variações de uma língua não-única e sim diversificada. Em oposição estão os gramáticos que, visto que o português, dito PADRÃO, deve ser pronunciado e estudado de maneira CORRETA, não aceitam, então, a norma não-padrão como uma possível variedade no uso da nossa língua, mostrando a norma-padrão como a única e a certa. Na verdade é importante saber separar o respeito à variedade e a consciência de que, relacionado à educação, em escolas há a necessidade do ensino da norma padrão do português. Tendo em vista seu uso permanente em jornais, escritos ou televisionados, revistas, na política interna e externa, nas diversas áreas de trabalho, enfim, no mundo profissional. As várias maneiras de comunicação se dão em toda e qualquer língua. E em todas há presença de preconceito dito pela linguagem, ou erro gramatical, mas na verdade o preconceito é quanto à localidade da qual o ser “menosprezado” advêm, ou pela história do seu povo, sua classe social, sua cor. O verdadeiro problema está na tradição em não aceitar a existência de uma múltipla variedade lingüística dentro da própria língua, em tratar as diferenças como erro, em colocar-se como superior perante os “ignorantes da língua” qualificando-os como burros. A escola não