A fonologia gerativa natural
O Modelo Não-linear
A Fonologia Gerativa Natural segue o método de análise não-linear. Este modelo apresenta a seguinte estrutura:
Estrutura esta, apresentada na imagem acima, chamada de Geometria dos Traços, ou de Modelo Geométrico, onde: * O 1º plano representa o nível silábico – Toda palavra é formada por um conjunto silábico. * O 2º plano representa como uma sílaba pode ser organizada em uma palavra – Vista no canto esquerdo da imagem as oito formas em que, no idioma brasileiro, uma sílaba pode ser formada; todos os ambientes devem conter ao menos uma vogal. * O 3º plano apresenta o segmental – O som que se pode ter em cada sílaba (no ambiente CCV só ocorre no vocábulo brasileiro quando a segunda consoante é R ou L).
A Estrutura Interna da Sílaba Toda sílaba () é composta por Onset (ataque) – é o segmento inicial da sílaba - e por Rima, que apresenta duas classificações: núcleo – cadência rítmica da palavra, e coda – situada no fim de uma sílaba podendo ser apenas uma consoante ou uma glide, nunca uma vogal. Segue o Modelo Não-linear por analisar as relações que um ambiente silábico tem com o outro; a relação coda e rima, ataque e não-ataque é a relação de cada ambiente. Exemplo:
Na palavra carro, C é Onset por ser o início da sílaba CAR, A é núcleo da Rima, e não Coda, por ser vogal e apresentar som mais sonoro, R é Coda da Rima por ser uma consoante final de sílaba. Na outra extremidade da separação silábica R é Onset por ser o segmento inicial da sílaba e O é Núcleo da Rima, e não Coda, por ser uma vogal. A Fonologia Gerativa Natural, seguindo os moldes não-lineares, visa a estruturação silábica, atuando de forma variável, pois cada formação de palavra de um determinado idioma vai exigir regras particulares, selecionadas e ativadas diferentemente em cada língua. Ao contrário da Fonologia Gerativa Padrão, que a nosso ver é mais básica e melhor de ser trabalhada, pois apresenta uma visão linear,