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Fonética e Fonologia Uma das maneiras mais interessantes de se abordar a fonologia é começarmos indagando: como é que conseguimos nos entender uns aos outros diante da enorme variedade de sons de fala que somos capazes de produzir através de nosso aparelho vocal? A resposta é que isso acontece porque, mesmo sem nos darmos conta, existe um contrato (acordo) estabelecido entre os falantes de uma comunidade linguística e é ele que controla a variação de nossa fala. Esse acordo é a nossa língua. E, de certa forma, é desse acordo que trata a fonologia. Somente no século XX desenvolve-se uma disciplina que, diferentemente da Fonética, passa a se interessar pela função linguística dos sons da fala. A partir daí são estabelecidos os sons de fala pertinentes à descrição linguística, pois trazem distinção de sentido. Isto é, só levamos em conta as variações sonoras que afetam a compreensão da mensagem. A Fonologia é, então, uma interpretação daquilo que a fonética apresenta, restrita a uma língua e aos modelos teóricos que descrevem essa língua. Modelo pode ser definido como uma representação teórica de um evento físico, através de uma linguagem. A linguagem por excelência para definição de modelos é a matemática. E é por um tipo de linguagem simbólica que são apresentados os diversos modelos. Mesmo sendo várias, não há como se dizer que uma seja melhor e a outro pior, elas apenas comportam visões diferentes. Em função dessas diferentes visões, estabelecidas, por exemplo, para a interpretação dos sistemas de sons, há uma variedade de termos para denominá-las. Por isso vamos tecer um pouco do trabalho da Thais Cristófaro Silva no livro Fonética e Fonologia do Português . A autora THAIS C.S. Tem por escopo subsidiar a organização e descrição do sistema sonoro das línguas naturais, sobressaindo-se a caracterização das variedades do português brasileiro. Compõe-se de introdução, três partes intituladas,

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