Resenha de Armas e Varões
A Guerra na Lírica de Arquíloco.
São Paulo: Editora Unesp, 1998. 363 p.
Análise dos fragmentos beligerante de Arquíloco de Paros
GABRIELA GONZAGA MANCUSO (9041980)
FFLCH (USP) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de
São Paulo - Avenida Prof. Almeida Prado, 1280, Butantã, São Paulo (SP).
gabriela.mancuso@usp.br
O tema discutido pela autora Paula da Cunha Corrêa, atual Professora Associada
(MS-5) de Língua e Literatura Grega da Universidade de São Paulo e pesquisadora do
CNPq (Bolsa Pq 1d), permitiu elucidar, por meio de questionamentos, uma série de problemas teóricos associados à leitura de Arquíloco de Paro, que é considerado o fundador da lírica grega arcaica.
Arquíloco era poeta e soldado grego nascido na ilha de Paros, considerado o criador de poesia iâmbica e cuja obra foi comparada a poesia de Alceu e de Safo de
Lesbose, entre os antigos, colocado em pé de igualdade com Homero. Filho de um poderoso nobre, Telesicles, já adolescente viajou como soldado mercenário para a colônia grega de Tasos, em obediência a uma profecia do oráculo de Delfi. Ele escreveu poemas satíricos, e por isso, acabou por conquistar muitos inimigos. Compôs principalmente iambos, sendo um dos primeiros e mais notáveis representantes do gênero, e de sua obra conservam-se apenas fragmentos.
O primeiro grande cultor do metro iâmbico, também foi exímio no verso elegíaco e compôs hinos e elegias. Talvez tenha sido o poeta que mais amplamente trabalhou com a diversidade temática possível para o gênero lírico, uma vez que além da invectiva, também compôs poemas relativos a temas diversos, como, por exemplo, a guerra e o convívio social cotidiano, perpetrando, originariamente, gêneros e subgêneros líricos.
Pelo fato de sua obra estar em estado fracionado, ela se tornou complicada para ser transmitida de maneira coerente, problema tal que afetou, além da poesia de Paros, também o conhecimento