Resenha Da função á ficção
Fabio Lopes de Soza Santos
O autor começa o texto falando da dupla face da Guild House, projeto do escritório de Venturi. Diante das associações despertadas, o visitante conclui que a "Guild House" admite leituras opostas, não apenas enviando mensagens compreensíveis ao "homem-da-rua", inserindo-se como uma mão numa luva no ambiente urbano corriqueiro, mas também fazendo questão de piscar um olho para o público culto.
Lichtenstein não apenas copia imagens da cultura de massa, mas mimetiza seus procedimentos ao equalizar com seu toque particular, “anônimo”, as especificidades de cada um de seus modelos e convertê-los em “Lichtensteins”. Seu trabalho mostra a possibilidade da criação dentro de linguagens altamente formalizadas e estereotipadas por meio de operações inusitadas de descontextualização ou de procedimentos plásticos, respeitando o jogo plástico que ele mesmo criou: a réplica dos procedimentos da alta cultura modernista a partir de uma matéria-prima “feia e vulgar”. Em seguida, o autor fala sobre a indústria cultural ou “cultura de massa”.
Em suas trajetórias, o Movimento Moderno e as outras vanguardas visaram sempre a evitar o rebaixamento da “verdade” inscrita na obra de arte; as experiências vanguardistas eram contrapostas à ilusão promovida pela moda. Nos países do Primeiro Mundo a produção industrial tinha se estendido a todos os segmentos da sociedade, acarretando o fim dos últimos vestígios da produção artesanal e do sistema social do Antigo Regime. Ao falar da arte-técnica, o autor ressalta; seguindo este movimento e ao contrário da oposição à indústria cultural pregada pelo Movimento Moderno, a neovanguarda optou pela inclusão, misturando os elementos da alta cultura e da mass-media nas suas produções. Na produção arquitetônica a inclusão do “vernacular-pop”, a aceitação de sua presença como fenômeno fundamental da contemporaneidade, deu lugar, como nas artes plásticas, a uma diversidade de atitudes que