Resenha: cultura. um conceito antropológico
O livro “Cultura. Um conceito antropológico”, lançado em 1986, foi escrito por Roque de Barros Laraia que iniciou sua carreira, como antropólogo, no Museu Nacional da UFRJ. Em 1969 transferiu-se para a UnB, onde dirigiu o Instituto de Ciências Humanas, logo após foi promovido a professor titular em 1982. Doutor pela USP, Membro de associações científicas do país e do exterior, presidiu a Associação Brasileira de Antropologia (1990-92) e foi eleito presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS) em 2000. Integrou a primeira comissão coordenadora do Pronex e os comitês de assessores do CNPQ e da Capes. É também organizador da coletânea Organização Social (1969) e tem vários artigos publicados em revistas especializadas.
Nesse livro, define os principais conceitos de cultura, como natureza colaborou para criação da cultura, fala como o homem lida com a cultura e como ambos são influenciados.
Laraia fala que a natureza de todos os homens é idêntica e a cultura praticada por eles é o que separam, os tornam estranhos uns aos outros. Ja na cultura européia temos a prática de nudismo nas praias, no oriente médio as mulheres vão à praia com seus corpos cobertos; a carne da vaca é proibida aos hindus enquanto a de porco é vetada aos mulçumanos; para os ciganos da Califórnia, a obesidade é referência de virilidade entre os homens. Dessa forma o autor nos leva a perceber o tamanho da riqueza cultural em que o homem está inserido, sua capacidade de criar diferentes e, ousadamente, infinitos modos de viver, sendo portando um ser, em sua individualidade, quase que como uma digital: diferente e único.
Seria o determinismo biológico ou geográfico que possibilitariam essa diferença cultural? Para o autor ambos não conseguem explicar definitivamente essa questão. A biologia humana e a geografia não são fatores determinantes, mas de influência. Um exemplo biológico é a amamentação que pode ser