Resenha Crítica "O Cortiço"
O livro O Cortiço é uma obra literária escrita por Aluísio de Azevedo, nascido em 14 de abril de 1857 no estado do Maranhão, que teve sua obra bem recebida ao ser lançada em 1890, uma vez que a mesma está dentro da estética realista-naturalista, sendo uma peça chave para a compreensão do Brasil do século XIX.
O livro narra, a princípio, a história de João Romão, português dono do cortiço com uma ambição doentia em relação ao enriquecimento, que se utiliza até mesmo de furtos para atingir seus objetivos. Mas, ao longo da obra, surgem outros personagens, dentre eles o Miranda, um comerciante também português e que inicia certa disputa com João Romão por terra e status social. Tal competição entre os dois portugueses é uma representação do realismo, já que o mesmo envolve a exposição social e cultural dos personagens envolvidos.
Além de João Romão e do Miranda, existem outros personagens, moradores do cortiço, que merecem destaque, dentre eles estão Jerônimo, português trabalhador na pedreira de João Romão, casado com Piedade e representante da disciplina do trabalho, e Rita Baiana, mulata sensual por quem Jerônimo se apaixona representante da mulher brasileira. Porém, Rita tem um namorado chamado Firmo, um impasse na relação do português com a mulata. Assim, Jerônimo assassina Firmo para ficar com Rita, deixando para trás sua esposa, tornando então o romance que se dá entre esses um marco do naturalismo, pois envolve os principais temas abordados nas obras literárias naturalistas, que são a violência, desejos humanos, instintos, traição, etc. Além disso, a relação das personagens representa como o ambiente influencia a ação das pessoas. A queda moral de Jerônimo, por exemplo, se dá ao fato de o sol, em tese, abater a vontade de trabalhar, fazendo com que o personagem tenha sua pureza original superada pelos instintos, entregando-se, assim, à preguiça e à luxúria.
Com isso, apesar de ser uma leitura não tão apreciada é,