Historia
Nome: n°17 2°A
Prof° Sandra Rodrigues
O Cortiço
Aluísio de Azevedo
O Cortiço, romance de tese do Aluísio de Azevedo, foi publicado em 1890, época em que as obras românticas já estavam em declínio na sociedade. Em meio suas demandas de produção literária dessa época, Aluísio lança essa obra e consegue agradar o gosto do público, por ter princípios baseados no determinismo, evolucionismo e positivismo (teorias filosóficas e científicas comprovadas na época). A estética do livro é baseada no movimento realista, que teve como fins desmascarar a sociedade idealizada do romantismo e denunciar a verdade, mas sua obra rumou para o meio naturalista, onde os personagens eram analisados como um todo (a sociedade/comunidade) e seus comportamentos eram estudados a partir dos estímulos que o homem tem por seu instinto e pelas influências do meio que se vive, ou seja, seus personagens são empíricos (sujeitos a serem moldados pelo meio).
O livro contém 220 páginas e seus 23 capítulos são contínuos, o que permite o leitor uma clareza dos acontecimentos. A narrativa acontece em 3º pessoa e o narrador é onisciente; o tempo é cronológico, pois demarca o século XIX. Há dois espaços importantes: o cortiço e o sobrado do nobre português.
A história se trata da construção de um cortiço (personagem principal), numa cidade do Rio de Janeiro considerada suburbana na época, Fluminense, em meados do século XIX. O Cortiço foi construído por João Romão, um moço ambicioso que cresceu com um português que enriqueceu mediante a pobreza e vivia com uma escrava fugida que trabalhava de graça para ele na esperança de que estava ajudando seu homem para terem uma vida melhor, sendo que ele só estava juntando o útil ao agradável ao relacionar-se com Bertoleza. No cortiço moravam pessoas que são vistas como tipos sociais avaliadas por meio, raça e momento histórico, como a lavadeira Machona (momento), Bertoleza (raça), Pombinha (meio), entre outros que compunham o