Fichamento do texto “A forma cinema: Variações e rupturas”. PARENTE, André. Pp. 23 – 47.
“Assim, ao se afirmar hoje que as novas tecnologias, de um lado, e a arte contemporânea, de outro, estão transformando o cinema, é preciso perguntar de que cinema se trata”. Pag. 24
“Não devemos, portanto, permitir que a “forma cinema” se imponha como um dado natural, uma realidade incontornável. A própria “forma cinema”, aliás, é uma idealização”. Pag. 25
“Em outras palavras, o cinema sempre foi múltiplo, mas essa multiplicidade se encontra, por assim dizer, encoberta e/ou recalcada por sua forma dominante”. Pag. 25
(...) “Baudry (1978) lança as bases para discutir a responsabilidade do dispositivo nos efeitos específicos produzidos pelo cinema sobre o espectador (“efeito cinema”)”. Pag. 25
“Nesses termos, não só o cinema possui um dispositivo específico, cujo efeito básico consiste na produção da impressão de realidade, como dispositivo cinematográfico tem aspectos materiais (aparelho de base), psicológicos (situação espectatorial) e ideológicos (desejo de ilusão) que contribuem para conformar essa impressão”. Pag. 26
[...] “O cinema é uma máquina a criar uma espécie de plenitude ilusória típica dos fenômenos que nos dão uma imagem em troca de um mundo”. Pag. 27
“A análise de Baudry nos leva a duas observações principais. A primeira delas diz respeito ao fato de que, para ele, o dispositivo é fruto de uma visada sincrônica que despreza suas transformações históricas. A segunda é que, em sua crítica do cinema dominante, e talvez por certa preocupação com a questão da especificidade, ele deixa de lado a organização discursiva do cinema, que era um dos pontos centrais da crítica que se vinha tecendo ao modelo de representação do cinema comercial”. Pag. 26
“Deixando de lado os efeitos, também eles