Resenha crítica vidas secas
O livro “Vidas Secas” foi escrito por Graciliano Ramos e teve a sua primeira publicação em 1938. O filme baseado no romance homônimo foi produzido pelo diretor Nelson Pereira dos Santos em 1963. Graciliano Ramos era além de autor e jornalista, era político. As suas obras mais importantes foram “Memórias do Cárcerie” , que retrata a história do próprio autor na prisão, e “Vidas Secas”. Com o seu livro “Vidas Secas”, o leitor tomou conhecimento da história de cinco personagens, que são Fabiano, Sinhá Vitória, os dois meninos filhos do casal, e a cachorra Baleia. Eles não possuem uma moradia própria e atravessam o sertão nordestino com o objetivo de encontrar um lugar para que possam ficar e não morrerem de fome. A obra é dividida em treze capítulos que, numa linha cronológica, estão fragmentados, fazendo que o começo de um novo capítulo, não necessáriamente é a continuação do anterior. O leitor pode ler os capítulos separados, e conseguirá entender a história. O filme foi idealizado fielmente ao livro, diferente de várias adaptações.
Podemos perceber no livro e no filme, as dificuldade sociais que o nordestino passa e como eles agem diante dessa vida tão miserável. A fuga dos retirantes como consequência da falta de água, e a falta de comunicação entre os personagens centrais, são os traços mais marcantes no livro e no filme. Fabiano, que é o modelo para o seu filho, em relação ao Soldado Amarelo, percebemos o sentimento de inferiorização do personagem. Sinhá Vitória é o ser pensante da família. As deciões , na maioria das vezes , são tomadas por ela. O seu sonho era ter uma cama de couro, e mostra a simplicidade dos sertanejos. Baleia, é tratada como se fosse um dos filhos de Sinhá Vitória. Ela não excerce na obra, o papel de um animal. A falta de alimento é demonstrado quando eles matam o papagaio e se alimentam dele. O povo do sertão é retratado sem o uso de eufemismos, mostrando a realidade nua e