Resenha crítica do livro vidas secas
O livro traz a sofrida vida de uma família muito humilde que, em meio ao sertão nordestino, vaga pelas estradas a fim de conseguir comida e minimizar os efeitos da seca. A família é composta por Fabiano, o pai, alto, magro, ruivo e de olhos azuis. Sinhá Vitória, a mãe guerreira, os filhos (não identificados), a cadela Baleia e um papagaio que acaba sendo alimento da família ainda no início do livro.
Em meio a uma exaustiva caminhada, a família avista uma casa, a princípio abandonada, e resolvem se estabelecer por lá, porém logo surge o dono, Seu Tomás da Bolandeira, que oferece a casa, em troca do árduo trabalho que Fabiano deveria prestar a ele.
Passado alguns dias, Fabiano precisa ir ao centro da cidade para comprar alguns utensílios para a casa, quando resolve parar em um bar e acaba arranjando uma briga com um soldado e vai preso, porém logo é solto.
Quando chega o inverno, a família percebe a vinda da chuva e surge a esperança de que dias melhores virão. Certo tempo depois, Baleia acaba adquirindo sintomas de raiva e Fabiano é obrigado a sacrificá-la.
Fabiano começou a perceber que havia algo errado com os miseráveis pagamentos que recebia por seu trabalho, tinha a impressão de que estava sendo enganado, porém a falta de estudo o impedia de compreender ou de questionar qualquer coisa.
Porém, com a chegada da seca, ocorreu a invasão de um bando de aves, Fabiano tentou eliminá-las, porém eram muitas e traziam consigo a certeza de uma nova fuga em busca de uma vida mais digna. Foi então que a família resolveu partir, ainda de madrugada. O silêncio misturava-se com a inquietação de seus pensamentos e a culpa por mais uma vez, ter errado.
Os filhos, exaustos, deitaram-se no chão e adormeceram, porém pouco tempo depois Sinhá Vitória os acordou e seguiram viajem em busca de uma nova oportunidade.
A obra Vidas Secas de Graciliano Ramos, publicada pela primeira vez no ano de 1938, traz características