resenha crítica - orientação profissional
Se, em tempos passados, a profissão da pessoa era definida, inevitavelmente, pela família na qual nascia, não havendo alternativas de escolha, hoje, apesar de o ideário de liberdade de escolha existente na sociedade contemporânea, o jovem ainda encontra-se vinculado às infl uências familiares e aos conteúdos transmitidos através das gerações(Almeida& Magalhães, 2011, p.212)
O presente escrito tem por intuito compreender e problematizar as dimensões elaboradas por ALMEIDA e MAGALHÃES (2011) acerca dos movimentos, dos diálogos e dos conflitos que atravessam as dimensções individual e familiar quando se encontram no emergir de um projeto de vida ou de um processo de escolha profissional. Segue –se, então, à exposição de convergências e divergências da concepção, do sentido e da elaboração de projetos de vida na contemporaneidade, levando-se em conta suas principais características – individualidade, autonomia, competitividade e liberdade -, e ao mesmo tempo, a influência e a determinação das trasmissões geracionais sobre “o que fazer” e “como fazer”.
O texto enfatiza que falar de projeto de vida e processo de escolha profisisonal, é falar diretamente sobre o sujeito que escolhe, ator e autor do seu projeto de vida. No entanto, tal sujeito não pode ser considerado isolado de seu contexto social. Logo, assim como afirma os estudos de Almeida e Magalhães (2011), o meio social, a família e fatores como classe, geração, gênero, dentre outros, possuem papel fundamental nesse processo.
Em uma perspectiva histórica, Almeida e Magalhães (2011) nos relata que ao longo do tempo, as influências e as transmissões geracionais sobre ideais de vida e de trabalho refletem a possibilidade de perpetuar o legado das gerações ascendentes.
A diferença é que as famílias