Conservantes em Cosmetologia
Clarissa Macalós de Medeiros
Introdução
Conservantes são substâncias químicas, cuja função é inibir o crescimento de microorganismos no produto, conservando-o livre de deteriorações causadas por bactérias, fungos e leveduras.
Para fazer a escolha de qual conservante deve ser usado, deve-se levar em consideração o trinômio produto-conservante-microorganisco. Em relação ao produto, devemos considerar sua composição, sua embalagem e seu processo de produção. A avaliação mais importante em relação ao produto é a atividade de água, pois ela determina qual tipo de microorganismo conseguirá se desenvolver naquele produto. Em relação ao conservante, deve-se conhecer sua composição físico química, a fim de evitar incompatibilidade ou inativação entre as substâncias do produto e do conservante. A Portaria nº 348 de 18 de agosto de 1997, do Ministério da Saúde, é a que regulamenta o uso de conservantes em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Para analisar a flora que deverá ser combatida em cada produto, deve-se fazer monitoração dos insumos, destacando-se a água e as embalagens, das instalações, dos equipamentos e do ar através de análises microbiológicas do tipo contagem, swab-test, bastando na maioria das vezes, determinar o tipo de célula – bactéria, fungo ou levedura – não sendo necessária a identificação morfológica (exceto em casos de reincidência). Para garantir a eficácia do conservante, devem ser feitos testes de desafio, que consistem na inoculação de microorganismos e a monitorização constante da carga sobrevivente.
Em relação ao conservante ideal, pode-se dizer que este não existe e por isso são usadas misturas de conservantes. Algumas características de um bom conservante são: ter amplo espectro, ser efetivo em baixas concentrações, ser solúvel em água e insolúvel em óleo, ser estável em qualquer temperatura e pH, ser inodoro e incolor, não inflamável e, obviamente, não tóxico.
A seguir, as classes mais