Resenha crítica: NA TERRA do Amor e Ódio.
HISTÓRIA E CINEMA
PROFESSOR RÉULLINER RODRIGUES
ACADÊMICO ADEMILSON ANTONIO LOPES DE ALMEIDA
02 JUL. 2014
Resenha crítica: NA TERRA do Amor e Ódio. Direção: Angelina Jolie. Produção: Angelina Jolie, Grahan King e Tim Headington. GK Filmes. 2012. 2h07min.
O filme “Na Terra do Amor e do Ódio” (Jolie, 2012), distribuído pela Paris Filmes e produzido pela GK Filmes, mostra uma Europa que nós não estamos acostumados a ver.
Na mente de muitas pessoas, principalmente daquelas que nasceram a partir da década de 1990, o velho continente é visto com uma região socialmente avançada, industrializada, onde estão vários dos países mais ricos do mundo e um território de paz, pelo menos desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Acompanhamos conflitos na África e no Oriente Médio ainda latentes no século XXI e nações europeias intervindo como mediadoras e pacificadoras em boa parte deles.
Porém, a Europa que nós jovens estamos habituados a imaginar tem mais a revelar do que aquilo que aprendemos sobre a sua história de berço da civilização ocidental. Aliás, o lado oriental do continente é pouco estudado e conhecido no Brasil.
O primeiro filme dirigido e roteirizado pela atriz e agora diretora Angelina Jolie, traz detalhes justamente de um conflito armado ocorrido no lado oriental da Europa: a chamada Guerra da Bósnia ou Guerra de Sarajevo - para muitos uma novidade – que durou de abril de 1992 a dezembro de 1995.
Com cenas de drama, romance e guerra, a película chama a atenção para as violações dos direitos humanos ocorridas durante o conflito, enfocando, sobretudo, os estupros sofridos por mulheres bósnias, praticados por soldados sérvios.
O filme começa com a personagem Ajla (interpretada por Zana Marjanovic), conhecendo Danijel, (personagem de Goran Kostic) em uma casa noturna, quando os dois dançam juntos e principiam uma paixão. Ele é um dos comandantes do exército sérvio com ordens a cumprir e ela é uma artista que