Resenha Crítica da livro Por que (não) ensinar Gramática
A milenar questão de “o que é certo e errado” permeia o ser humano em praticamente todas as áreas da vida. Atribuindo, sempre, um valor maior ou para o certo ou para o errado. Portanto, é de fácil conclusão que com a língua não seria diferente. Factualmente, existe o certo e o errado na língua. Porém, para a surpresa de muitos, a concepção de erro e acerto difere daquilo que facilmente vemos não só no senso comum, mas também em grupos de comprovada – ou não tão comprovada […] – relevância cultural. Grupos que possuem, por lógica, uma voz que alcança lugares distantes. Lugares, talvez, que o livro “por que (não) ensinar gramática na escola?” do professor Sírio Possenti não consegue chegar.
Primeiro, a obra apresenta um equívoco comum, mostrando que não existe apenas uma gramática – o que para o leitor mais leigo, que só teve contato com a gramática escolar – e o artigo “a” serve muito bem, pois, no universo escolar, a gramática é, de fato, única -, isso pode ser um choque…
Depois de apresentada a existência de, no mínimo, três gramáticas, o autor se propõe a classificá-las. Sendo, portanto, a primeira: Gramática Normativa: Conjunto de regras que devem ser seguidas. É a “a” citada. Aquela que todos conhecem e tem como objetivo normatizar a língua, julgando que