Resenha critica "o vidente"
Dez entre dez John McClanes e Jason Bournes se deliciariam com a possibilidade de prever as ações de seus inimigos, e Neo morreria de inveja, mas o mágico de Las Vegas Franck Cadillac, Chris Johnson de nascimento (Nicolas Cage), pelo contrário, não quer salvar o mundo, e foge como o diabo da cruz quando a agente do FBI Callie Ferris (Julianne Moore) vai procurar sua ajuda para encontrar um grupo de terroristas que pretendem explodir uma bomba nuclear em Los Angeles.
Chris “Caddilac” não quer saber de ajudar ninguém, a não ser ele e uma pretensa figura paterna Irv, tirando isso só quer encontrar a mulher que recorrentemente aparece em suas visões entrando em um restaurante às oito horas, sem saber se da manhã ou da noite, o obrigando a bater cartão nos dois períodos, até dar de cara com Liz Cooper (Jessica Biel).
O diretor Lee Tamahori não despreza as possibilidades de criar cenas de ação de tirar o fôlego (como vem fazendo em “007- Um Novo Dia para Morrer” e a continuação de “Triplo X”), mas foca muito mais a ação do filme nas pequenas coisas, como a sequencia da saída do cassino no começo, aonde o protagonista vai “adivinhando” os próximos passos de seus perseguidores. Ele percebe que o principal atrativo do filme está em brincar com as possibilidades do poder de “Caddillac”, na maioria das vezes do jeito mais simples mesmo com a repetição da cena, sem muito mise-em-cene nem efeitos visuais.
Até o uso de slow motion, Tamahori faz com consciência (coisa que não vem ocorrendo no