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Quando afirmamos que os agentes econômicos demandam moedas, isto significa que esses mesmos agentes desejam reter ativos monetários. A seguir apresentarei um resumo sobre o ponto de vista clássico da demanda por moeda
Fora do meio acadêmico é comum que as pessoas confundam o termo função (ou finalidade) de algo com sua a utilidade (benefício). Sabemos que a moeda possui diversas funções, basicamente os autores costumam caracterizar três funções: meios de pagamento; reserva de valor; e unidade de conta.
No entanto, a moeda não possui utilidade. Apesar da obsessão nos dias atuais por “dinheiro”, a quantidade desta “mercadoria” não proporciona nenhum benefício direto. Isso significa que ninguém ficaria feliz em ter muito dinheiro, se não pudesse gastá-lo. O que proporciona utilidade é o bem ou serviço que o dinheiro pode adquirir.
Motivos da demanda por moeda
A maneira de observar a demanda por moeda é um pouco distinta da maneira como se constrói a demanda por outros bens e serviços. Se a moeda não possui utilidade, por que os agentes demandam moeda?
A visão clássica afirma que basicamente isto ocorre por dois motivos. O primeiro deles é devido ao fato de que os fluxos de recebimentos e pagamentos são diferentes. Em outras palavras, a entrada dos rendimentos de um agente não coincide com os pagamentos que o mesmo tem que efetuar. Desta forma este precisa reter moeda para as transações.
Alguns autores dizem que neste caso, há incerteza no sistema econômico (sempre válido lembrar esta incerteza não é keynesiana). Portanto, os agentes demandam moeda para motivos de transação. Se os fluxos de recebimento e pagamento fossem idênticos, segundo estes autores, este tipo de motivo não existiria.
O segundo motivo se deve a imprevisibilidade das despesas dos agentes, sejam eles empresas ou famílias. Não é seguro que todos os valores das despesas futuras dos agentes. Desta forma, os agentes demandam moeda por motivo de precaução.
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