Resenha capítulo 8 do livro "Pedagogia da Exclusão", de Pablo Gentili
O presente capítulo tem por objetivo esclarecer o que é o “Adeus à escola pública” dando ênfase a Desordem Neoliberal, a Violência do Mercado e o Destino da educação das maiorias.
“Adeus à escola pública” sustenta que, a ofensiva neoliberal contra escola pública se veicula através de um conjunto medianamente regular e estável de medidas políticas de caráter dualizante, e ao mesmo tempo através de estratégias culturais dirigidas a quebrar a lógica do sentido sobre o qual a escola (ou o projeto de escola) adquire legibilidade para as maiorias, na hipótese em que o neoliberalismo só consegue impor suas políticas antidemocráticas na medida em que consegue desintegrar culturalmente a possibilidade mesma de existência do direito à educação (como direito social) e de um aparato institucional que tenda a garantir a concretização de tal direito: a educação.
Neste capítulo, o neoliberalismo, para prevalecer deve quebrar a lógica do senso comum mediante do qual de lêem esses princípios. Deve, então, criar um novo marco simbólico-cultural que exclua ou redefina tais princípios reduzindo-os a sua mera formulação discursiva, vazia de qualquer referência de justiça e igualdade. A desordem neoliberal nos mostra que o neoliberalismo é a expressão histórica dominante da luta para a construção de uma nova ordem cultural voltada para a geração de novas formas de consenso que possibilitem a “reprodução” simbólica de sociedades dualizantes, o que implica na construção de uma nova desordem.
Outro tópico nos mostra que a desordem neoliberal faz da violência do mercado uma das armas mais certeiras contra o bem-estar das maiorias. E isso impõe as regras de um implacável processo de “seleção natural” que, em sua macro visão reacionária, expressa o grau mais perfeito de desenvolvimento da espécie humana. O destino da educação das maiorias é dividido em outras duas