Resenha baseada na obra de monteiro lobato
Lobato, Monteiro. Cidades Mortas. Editora: BRASILIENSE LV, Ano: 2003.
A obra Cidades Mortas, de Monteiro Lobato, transparece a transição na agricultura brasileira provocada pela grande crise do café, ocorrida em 1929. É um retrato bem nítido do que era São Paulo nos anos 20. Numa pintura realista, mostra as cidadezinhas decadentes do Vale do Paraíba, onde brilhara a civilização do café, as quais vão sendo abandonadas pelos fazendeiros, comerciantes e autoridades, restando apenas o caboclo. Cidades Mortas se estrutura em histórias, algumas antigas, ainda do tempo em que Lobato era estudante do Largo do São Francisco. São elas: - A vida em Oblivion - Os perturbadores do silêncio - Vidinha ociosa - Cavalinhos - Noite de São João - O pito do reverendo - Pedro Pichorra - Cabelos compridos - O resto de onça - Porque Lopes se casou - Júri na roça - Gens ennuyeux - O fígado indiscreto - O plágio - O romance do chopin - O luzeiro agrícola - A cruz de ouro - De como quebrei a cabeça à mulher do Melo - O espião alemão - Café! Café! - Toque outra - Um homem de consciência - Anta que berra - O avô do Crispim - Era no Paraíso - Um homem honesto - O rapto - A nuvem de gafanhotos - Tragédia dum capão de pintos. A história, “O fígado indiscreto”, configura-se em como um breve conto onde, para cortejar sua futura namorada, Inácio foi convidado a jantar nos Lemos. Serviu-se fígado sem consulta previa. Esquisitice dos Lemos: comiam fígados naquela casa até nos dias mais solenes, porem Inácio não suportava, para não contraria-los o comeu com esforço, ao ver o prato vazio o serviram novamente com dois pedaços de fígado. Em uma distração da família, ele aproveitou-se do incidente para agarrar o fígado e mete-lo no bolso. Sendo Inácio um bom orador, o fizeram recitar, porem o fígado caiu do bolso de tal, esgotado, perdeu o equilíbrio, escorregou e caiu. Adeus casamento, porque Inácio teve que se mudar, pois o ex-sogro espalhou