O modernismo no brasil e o trabalho expressionista de Anitta Malfati
Por Alan de Faria Santos.
A partir do fim do império, o Brasil inicia um novo momento político e social, marcado pela busca de uma identidade nacional, da unificação do estado sob a alcunha de federação e impulsionado pelos lemas positivistas de ordem e progresso. O conceito de república trouxe ao Brasil ideias de liberdade, cientificismo e democracia. Junto ao republicanismo, ideias modernistas baseadas no avanço tecnológico, científico e artístico foram vividas nas principais cidades do Brasil do final do século XIX. O movimento modernista consagra-se por obras de artistas brasileiros, que romperam com concepções clássicas da arte, para retratarem com originalidade um Brasil que fracassou na organização de uma república por ter concentrado o seu poder econômico nas mãos de oligarquias regionais. O trabalho da pintora Anita Malfatti, especificamente sua obra intitulada de “O Homem Amarelo”, pintada entre os anos de 1915 e 1916, representa a abdicação ao tradicionalismo enraizado no Brasil Coronelista.
Palavras-Chave: Modernismo, Anita Malfatti, Expressionismo e Impressionismo.
O movimento modernista no Brasil republicano. A proclamação da República em 1889 traz ao Brasil uma ideia de contraposição a organização monárquica. O republicanismo traria junto a si toda uma ideia de renovação, avanço, soberania popular e cidadania. Uma ruptura com o passado para o estabelecimento de algo novo. A monotonia promovida pelo império, ou a paz imperial, passa a ser adjetivada de inércia social causada pela apatia de um povo infantilizado pelo poder pessoal centralizado. Neste momento, o conceito de privilégio é visto como atraso enquanto que o conceito de talento é tido como progresso, conforme demonstram alguns textos da época. O partido Liberal, em 1869, demonstrava o insistente apelo por reformas através dos lemas: “reforma ou revolução”. O desejo de futuro é