mente
Ler é um ato que executamos diariamente, seja por obrigação, informação ou distração. Mas o verdadeiro prazer pela leitura só é despertado no indivíduo quando este lê um livro e consegue se transportar para uma realidade paralela, repleta de descobertas e conhecimentos, tornando independente o gênero literário e interessando somente a cumplicidade entre o leitor e a obra.
Embora a leitura seja universal e reconhecida como um bem natural e de valor absoluto, ela não é uma pratica igual para todos. No processo de concepção de leitura baseada na interação é necessário levar em conta tanto a materialidade lingüística do texto quanto os conhecimentos prévios do leitor, para que haja o desenvolvimento necessário para a produção de sentido textual.
Ao analisarmos a condição de saberes e experiências de cada leitor, nos deparamos com uma pluralidade de leituras e sentidos em relação a um mesmo texto. Porém, é importante salientar que toda interpretação deve seguir o foco principal do texto lido, partindo do princípio interpretativo autor-texto-leitor, ou seja, o sentido não está inteiramente no leitor e nem no texto, mas sim na interação cabível entre eles.
Sendo assim, ler, aprender a ler e formar leitores nunca tiveram um mesmo e único entendimento ou forma de acontecer. Neste trabalho iremos abordar algumas das diferentes concepções, ferramentas e definições existentes acerca da leitura e afins. 2. Sobre o Ensino da Leitura e a Biblioteca de Classe
Ao longo da historia da educação escolar os métodos mudaram e hoje se tem uma visão diferenciada sobre a forma de ensinar leitura. Antigamente o modelo se apoiava em livros “enciclopédicos”, onde os alunos buscavam informações sobre os diversos campos do currículo escolar, além de conteúdos morais e cívicos. Tais métodos descrevem-se profundamente apoiados no professor, no livro texto, na memorização, num verbalismo excessivo, onde a leitura se fazia uma prática temida, marcada pelas proibições,