Resenha:As Origens do Pensamento Grego
Nos primeiros capítulos do livro destaca-se a queda do sistema palaciano, herança de Creta. Este sistema ganhou uma forma própria no Reino micênico (até o século XII a.C), decisivo para a quebra do equilíbrio do “anax”, o Rei. O soberano, como senhor absoluto, era responsável e dominava todos os setores da vida social do povo, contando ainda com apoio dos seus subordinados diretos: o controle e regulamentação de todas as atividades sociais e setores econômicos pelo monarca são garantidos pelos escribas e por outros dignários, que têm domínio de todos os fatos e acontecimentos do reino, contabilizam a produção, as encomendas, as contribuições impostas aos indivíduos ou grupos, o movimento das atividades militares, os sacrifícios aos deuses, as taxas previstas pelas oferendas, etc. Possuem um relatório completo de tudo interessa ao anáx e disseminadores dos desejos reais por todo o território do reinado.
Com a invasão dórica o anáx perde seu poder de controle, de harmonizar a vida dos aqueus com o serviço dos funcionários da realeza. Em tempos homéricos,duas forças se opõe: A aristocracia guerreira e as comunidades rurais. O conflito violento entre essas duas forças gerará de um momento de desorganização, de reflexões e especulações política e moral. Isso desigará um primeiro modo de “sabedoria” humana; diferente da concepção aquéia do anáx absoluto.
A palavra se torna arma poderosa nas decisões da vida social e é na cidade que a atividade política tomará a vida dos cidadãos. A Ágora, a praça pública, torna-se o grande centro da polis. Nela são debatidos,