As Origens do Pensamento Grego: Resenha
O nascer da razão é dado na filosofia no mundo grego e do próprio, por motivos históricos-políticos numa resposta às invasões dos povos dórios que levou ao desaparecimento do mundo aqueu e também da figura do Anáx, que unificava todos os aspectos de soberania, eles destruirão o mundo micênico e deram início à chamada Idade das Trevas, que dura até o século VIII a.C. e ao fim, no lugar da antiga cidade micênica, surge uma nova organização social: a polis. A necessidade de se pensar no poder e harmonizar o grupo social agora que o Rei deixou de existir se torna presente, no lugar da palavra do rei todo-poderoso e divino, surge a palavra compartilhada publicamente pelos homens, no lugar do palácio real, posto no centro da cidade antiga, a ágora (praça do mercado e praça da expressão pública) é que será o eixo da cidade nova, o lugar privilegiado do exercício do logos e da argumentação. No universo da polis a palavra não é mais um termo ritual, mas o debate contraditório, é o instrumento de poder e tudo isso leva ao pensamento racional como conhecemos e foi constituído e formado no plano político grego. A filosofia e a polis estão intimamente ligados como vemos no trecho da página 94: “Advento da polis, nascimento da filosofia: entre as duas ordens de fenômenos os vínculos são demasiado estritos para o pensamento racional não apareça, em suas origens, solidário das estruturas sociais e mentais próprias da cidade grega” Vernant lembra ainda da importância da escrita na polis, pois é a partir disto que há a fixação e divulgação do lógos, autoridade que deriva dele mesmo, o que se permite a elaboração de leis, como contrato social.
Na àgora havia relação de reciprocidade e não de hierarquia,