Resenha "as limitações do metodo comparativo em antropologia"
No texto “As limitações do método comparativo em antropologia”, Boas tem como objetivo pavimentar um caminho seguro para a antropologia, ou seja, ele critica métodos antigos e sugere novas regras de aplicação para o método comparativo que era muito utilizado em sua época, já que este método apresentava resultados pouco ou nada sólidos.
Franz Boas explica que a sociedade humana cresceu e se desenvolveu de tal maneira que, suas formas, opiniões e ações (essência) têm muitos traços fundamentais e comuns, ou seja, ‘leis gerais’ que governam o desenvolvimento dos seres humanos. Este ponto de vista está fundamentado na observação de que os mesmos fenômenos étnicos ocorrem entre os mais diversos povos, e por mais complexo que sejam os costumes e ideias, são encontrados em diversas tribos que não têm origem histórica comum.
O antropólogo tem como objetivo procurar quais as origens dessas ‘leis gerais’ e como elas se afirmaram em várias culturas. Boas explica que as ideias não existem de forma idêntica em todas as partes: elas variam. E que a causa dessas variações podem ser tanto externas (o ambiente, visto da forma mais ampla) quanto internas (psicológicas). Buscar a origem dessas ‘leis gerais’ é umas das coisas mais difíceis na antropologia, elas podem ser autóctones ou importadas, podem ter surgido por varias causas, mas estão lá.
O autor define as regras que o estudo antropológico deve seguir. Primeiramente é necessário uma investigação preliminar de cada tribo, para depois analisar os estudos comparativos mais amplos, uma comparação que deve se restringir a apenas os fenômenos que se provem ser efeito das mesmas causas.
Para atingir as causas que formam a cultura, é necessário um estudo detalhada dos costumes da tribo que os pratica, juntamente com uma investigação de sua