Resenha antropologia da história - marc bloch
O livro intitulado “Apologia da História ou O Ofício de historiador” foi escrito por Marc Bloch, um francês medievalista, que deixou sua obra prima inacabada por ter sido fuzilado em 16 de Junho de 1944 por Klaus Barbie, um dos mais terríveis oficiais do nazismo. Marc Bloch juntamente com Lucien Febvre são os fundadores da Escola dos Annales, que surgiu para modificar totalmente o panorama mundial sobre o estudar/fazer História. Sendo sua última obra a “Apologia da História”, ela serve como um manual para todos os historiadores, deixando nela as ideias centrais desse novo movimento, dos Annales. O livro é disposto em cinco capítulos e o ultimo inacabado, sendo que o interesse central é descontruir a escola anterior, dos positivistas, propondo um novo modo de ver e fazer a História. O autor começa a obra deixando claro que ela é uma resposta à um questionamento antigo da sociedade, “para que serve a história?”, e sendo assim Bloch afirma que a maior das virtudes de um bom escritor é saber ser simples na maneira de escrever, ele tece uma crítica aos eruditos que muitas vezes entulham milhares de palavras deslumbrantes em suas obras e pouco conseguem transmitir através delas. Ele ainda propõe que é necessário interrogar a história, os historiadores tradicionais buscam em demasia a origem das fontes e se esquecem de questioná-las, historicizá-las. Bloch deixa claro que não seria importante definir o conceito de história, pois isso poderia limita-la, entretanto algo o incomodava quando as pessoas afirmavam que a história era a ciência do passado. De acordo com ele a história é ciência dos homens no decorrer do tempo, sim uma ciência, ele foi um dos primeiros a levantar essa bandeira, a história está em constante movimentação e há um personagem principal que pode alterá-la facilmente, que é o ser