Entre as obras de maior destaque daqueles que compuseram o movimento dos Annales encontram-se os “Reis Taumaturgos” de Marc Bloch, publicado em 1924 e trará em grande parte as propostas que serão defendidas pelo movimento principalmente a partir dos anos trinta.A proposta do livro, apesar de ter sido elogiado e bem recebido pela comunidade acadêmica trouxe estranheza para a maioria dos intelectuais que o leram. Considerado por muitos como o fundador da antropologia histórica, Bloch fez história com o que antes era entendido como anedota ou supertição, ou seja, o poder miraculoso de curo dos Reis da França e da Inglaterra. Seu contato com as ciências sociais era muito grande, dessa forma tornava-se possível começar a perceber o estudo da História de uma maneira diferente, incrementar novos conceitos e paradigmas nas pesquisas. Uma nova crítica ao modo positivista de fazer história acabou por ser gerado, e os questionamentos teóricos sobre história puderam ganhar novos fôlegos metodológicos.“Os reis Taumaturgos”, nas palavras de Jacques Lê Goff cresceram em um humo interdisciplinar, que podem ser inseridos no mais atualizado pensamento histórico e antropológico dos anos 20. Pode-se notar em Bloch, uma influência Durkheimiana, principalmente em função de como o autor tratava seu objeto.mas também não seguiu a metodologia sociológica durhkeimiana.Assim como com a sociologia, seu contato com a historiografia Alemã foi muito importante.O trabalho de Bloch é reconhecido principalmente pela sua uma extrema erudição.influência da antropologia.O autor, a partir de seus estudos, abriu a possibilidade da pesquisa história se ampliar largamente em diálogos com outras áreas. Os Reis taumaturgos dialogam com ciências nascentes de sua época como a psicologia coletiva, biologia, além da etnografia comparada, a medicina popular comparada e o folclore.“Os Reis taumaturgos”, em sua estrutura de pesquisa , já apontava para duas das grandes propostas de inovação dos Annales. A