Resenha - alteridade e experiência: antropologia e teoria etnográfica
Resenha: Alteridade e Experiência: antropologia e teoria etnográfica.
O presente texto é uma resenha de um artigo do antropólogo Marcio Goldman, intitulado “Alteridade e Experiência: antropologia e teoria etnográfica”. Trata-se de uma aula por nome de Ernesto Veiga de Oliveira (2005), proferida em Lisboa, sendo o convite para ministra-la vindo de Antônio Medeiros, Antónia Lima, bem como o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa e Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. O autor expressa em seu discurso grande honra em proferir a aula, ao mesmo tempo em que demonstra grande preocupação e ansiedade, pois se trata de uma aula inaugural para os novos alunos do curso de antropologia, sendo ao mesmo tempo uma conferência para os membros do departamento. Se dando a natureza do discurso em que Goldman foi submetido, ele decidiu optar para o recurso, que segundo ele, todo antropólogo tende a recorrer nessas situações, discutir “[...] o que é, afinal de contas, a antropologia social ou cultural [...]” (GOLDMAN, 2006, p.161). Como sendo uma das questões mais embaraçosas da disciplina, se tende a afasta-la sob o argumento de que não vale a pena ficar discutindo as palavras. “[...] a experiência mostra que a indiferença pela discussão de termos é, frequentemente, acompanhada por uma confusão de ideias sobre a própria coisa [...]” (PAUL VEYNE, 1978). De inicio, o autor retoma uma discussão de Lévi- Strauss (1973), na qual diz que há sempre duas maneiras de tentar uma definição da antropologia: por compreensão ou por extensão. “[...] seja tentando uma definição conceitual geral, seja indagando o que se faz concretamente, afinal, sob o nome de antropologia [...]” (GOLDMAN, 2006, p.162). A definição de antropologia por extensão, segundo Goldman, tem seus problemas. Nas suas palavras: É preciso reconhecer que as definições por extensão também tem seus problemas. Primeiro, porque é verdadeiramente