Resenha Antropologia

UNIDAVI – Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí
Curso: Direito, 2013/1
Disciplina: Antropologia
Professor: Dr. Jean Segata
Acadêmica: Letícia F. Agustini
Rio do Sul, 25 de abril de 2013.
AVALIAÇÃO II – Resenha
O presente texto é uma resenha de um artigo do antropólogo Marcio Goldman, intitulado “Alteridade e Experiência: antropologia e teoria etnográfica”(2006, p. 161-173). Trata-se de uma aula nomeada Ernesto Veiga de Oliveira (2005), proferida em Lisboa para alunos de antropologia.
No texto o autor busca, em suma, discutir a questão mais básica, porém mais difícil a qual os antropólogos visam solucionar: o que é, afinal de contas, a antropologia? Do início ao fim do texto, são proferidas palavras baseadas em citações de outros antropólogos, nas quais eles tentam, muitas vezes sem êxito, caracterizar consensualmente essa disciplina, exemplificando o conceito inicial do texto.
Inicialmente Goldman cita dois testemunhos de Edward Evans-Pritchard, com um intervalo de quase 20 anos entre eles, mostrando a sua relação paradoxal. O primeiro foi retirado do livro que o autor escreveu sobre os Azande, povo habitante do Congo Belga, em 1937, e o segundo sobre a Religião Nuer do Sudão meridional, em 1956. Essa distância temporal, juntamente com a experiência, levou a uma alteração de pensamento e visão das noções anteriormente adquiridas.
Observa também que a pretensão principal da antropologia é ser uma ciência, no entanto, visando as diferentes linguagens que são objetos da disciplina, ela nunca foi apenas uma ciência. ‘’Desse ponto de vista, ela é, sem duvida, parte do trabalho milenar da razão ocidental para controlar e excluir a diferença. ’’(GOLDMAN, 2006, p. 163). Ou seja, a antropologia, ao invés de apenas digerir a diferença, valoriza-a, lhe usa como ponto de apoio para impulsionar o pensamento.

Em determinado momento do texto, o autor diz ser necessário introduzir no discurso alguns elementos de sua experiência pessoal