Resenha Antropologia
DIREITO
ISABELLA ROSA ARAÚJO
RESENHA DO CAPÍTULO “O TEMPO DOS PIONEIROS: OS PESQUISADORES - ERUDITOS DO SÉCULO XIX” (François Laplantine, Aprender Antropologia)
Vitória da Conquista
Março de 2015
ISABELLA ROSA ARAÚJO
RESENHA DO CAPÍTULO “O TEMPO DOS PIONEIROS: OS PESQUISADORES - ERUDITOS DO SÉCULO XIX” (François Laplantine, Aprender Antropologia)
Vitória da Conquista – BA
Março de 2015
No capítulo O tempo dos pioneiros, do livro Aprender Antropologia, François Laplantine elucida a ideologia e o trabalho dos pesquisadores-eruditos do século XIX, em que a antropologia se constitui verdadeiramente como uma disciplina autônoma. No século XVI, os estudiosos das civilizações enquanto exploradores de espaços desconhecidos tinham um discurso selvagem sobre os habitantes desses espaços. E foi apenas no século XVII que houve a organização desse discurso. Entretanto, foi somente no século XIX que se realizou a instauração de ligações entre os diversos espaços de reconstituição de temporalidades, constituindo assim a antropologia como a ciência das sociedades primitivas em todas as suas dimensões.
O que permitiu esse avanço nos estudos antropológicos neste século foi o contexto geopolítico totalmente novo, que é o da conquista colonial e da consequente partilha da África entre as potências européias. Nessa época, a África, a Índia, a Austrália, a Nova Zelândia passam a ser povoadas de um número considerável de emigrantes europeus, e o papel do antropólogo da época é acompanhar de perto os passos dos colonos. A antropologia desenvolvida nesse âmbito considera o indígena das sociedades extra-européias não mais como o selvagem do século XVIII e sim como o ancestral do “civilizado”. Ela se classifica, portanto, como evolucionista, em que as populações em ritmos desiguais, passam pelas mesmas etapas até chegar à “civilização”. Esse evolucionismo é abordado na obra de Morgan¹