resenha 2

RESENHA

Moema de Rezende Vergara
DANTES, Maria Amélia (Org).
Espaços da Ciência no Brasil: 1800-1930.
Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2001.

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O livro Espaços da Ciência no Brasil reúne recentes pesquisas desenvolvidas na área de História da
Ciência no Brasil. Segundo Maria Amélia Dantes, organizadora deste volume publicado pela coleção
História e Saúde da Fiocruz, os artigos aqui reunidos seriam impensáveis vinte anos atrás, quando era comum a consideração de que a presença das ciências havia sido insignificante antes do período republicano. Cabe esclarecer ao público não especialista em História da Ciência, que Maria Amélia
Dantes é uma das personagem da formação desta disciplina. No início dos anos de 1980, junto com
Shozo Motoyama, estes professores do departamento de física da USP foram para o departamento de
História e lá criaram uma pós-graduação em História da Ciência, profundamente influenciada pela abordagem dos estudos sociais da ciência (social studies of science).
Um dos indícios da importância de Maria Amélia Dantes está no grande número de dissertações e teses que orientou nos últimos 20 anos. É interessante observar que em Espaços da Ciência no Brasil, muitos dos autores foram seus orientandos, como Silvia Figueirôa, Heloisa Maria Bertol Domingues,
Maria Rachel Fróes da Fonseca, Flávio Edler e Marta de Almeida. O livro narra a trajetórias de instituições como o Instituto Butantan, a Sociedade de Auxílio da Indústria Nacional, Jardim Botânico do Rio de
Janeiro e a Sociedade Brasileira de Ciências.
Este, então, é um livro sobre as instituições científicas brasileiras de 1800 a 1930. A palavra“espaços” é representativa da forma que a historiografia nacional vem tratando o tema da ciência nos últimos anos.
Simon Schawartzman, por exemplo, publicou pela Universidade da Pennsylvania, A Space for Science.
The Development of the Scientific Community in Brazil, uma apresentação de seu famoso trabalho de 1979
A Formação da Comunidade Científica no Brasil,