Resenha 2
Crise eleitoral nos Estados Unidos
Desde 1787, quando a constituição foi aprovada, os Estados Unidos da América são uma democracia representativa. Diferentemente do Brasil, apesar de os cidadãos irem até as zonas eleitorais e votarem para um dos dois candidatos, as eleições presidenciais nos Estados Unidos não são diretas. Esse sistema foi implementado devido as legislações independentes de cada estado, dessa forma o poder de decisão fica distribuido entre eles.
Seguindo a definição de Antonio Pedro Tota, “os americanos votam dentro de seus estados em um grupo de eleitores que se compromete com um ou outro candidato [...] e formam um Colégio Eleitoral. Cada Estado tem um determinado número de eleitores no colégio, baseado no tamanho de sua população. Em quase todos os estados, o vencedor do voto popular leva todos os votos do colégio eleitoral daquele estado. Por causa desse sistema, um candidato pode chegar à Casa Branca sem ter o maior número de votos populares em âmbito nacional.”
Tendo essas informações como base é possível entender o cenário em que o filme “Recontagem” do direto Jay Roach é baseado. A obra cinematográfica narra a história das eleições presidenciais norte-americanas no ano 2000, mais especificamente as semanas seguintes a esse evento, acompanhando as tentativas de Al Gore e G.W. Bush de conseguirem seus lugares na Casa Branca, em que cada candidato contava com uma equipe de advogados, jornalistas e políticos em uma votação nunca ocorrida antes na história do país.
Um dos maiores impasses encontrados durante essas eleições ocorreu no estado da Flórida, onde, devido a um problema de mal confecção das cédulas, supostamente levou os idosos a votarem no candidato errado. A partir daí inicia-se uma incansável luta entre democratas e republicanos para garantir que seus candidatos saíssem vitoriosos nesse estado, o que consequentemente traria o título de presidente dos Estados Unidos.
O partido Democrata, que era liderado por Ron