Resenha 1808
O livro 1808 foi escrito por Laurentino Gomes e publicado pela editora
Globo em 2007. O livro foi, segundo o autor, “resultado de 10 anos de investigação jornalística”. Sua relevância para o entendimento da vinda da corte portuguesa para o Brasil e as mudanças feitas por esta quando chegou aqui até o momento de sua partida é, sem dúvida, fundamental pelo fato de conseguir juntar tantas informações de diferentes obras e transformá-las em algo um pouco menos técnico e, portanto, mais fácil de ser entendido pela população brasileira em geral, não só pelos os historiadores. Um dos aspectos mais significativos do Príncipe Regente mostrados pelo livro é, com certeza, a indecisão deste, sendo corrigida pela delegação das tarefas que este fazia.
A vinda da corte portuguesa para o Brasil ocorreu principalmente por causa da investida de Napoleão Bonaparte, que, naquele momento, estava a caminho de Lisboa. Estando pressionado pelo exército francês, o príncipe dom
João acabou por fugir para o Brasil com uma esquadra da marinha britânica para protegê-lo. Chegando aqui, dom João autorizou a publicação de livros e periódicos, construiu escolas, estradas, pontes e fábricas, entre outras importantes mudanças para a independência e o desenvolvimento do país.
Segundo o livro, ““Dom João VI não se dava ao trabalho de pensar”, conta Tobias Monteiro”. O príncipe dependia sempre de uma pessoa para ajuda-lo a tomar as decisões. O primeiro a ajuda-lo foi dom Rodrigo de Souza
Coutinho, o conde de Linhares. Depois da morte deste, foi Antônio de Araújo de
Azevedo, o conde de Barca. Por fim, o último a ajuda-lo foi Tomás Antônio
Villanova Portugal, o sucessor do conde de Barca. Cada um destes o ajudou a tomar desde as decisões mais importantes às mais triviais, como o que dizer ao filho, e o que responder caso houvesse réplica. Com a ajuda destes três homens, dom João VI “passou para a história como soberano relativamente bem-sucedido, especialmente quando comparado aos