Resenha - 12 homens e uma sentença
Luiz Felipe Fernandes Ferrão Olegário
Resenha – Doze Homens e Uma Sentença
Para compreender o comportamento de outras pessoas, frequentemente fazemos suposições ou temos determinadas impressões sobre elas. Essas impressões ou suposições influenciam o nosso comportamento e intenção para com essas pessoas criando, muitas vezes, falsas conclusões sobre as mesmas. Características pessoais do observador, características do alvo e elementos que fazem parte do ambiente do indivíduo podem influenciar em suas interpretações e distorcer a realidade.
No filme Doze Homens e Uma Sentença, em vários momentos, podemos perceber a presença de tais impressões e suposições por parte dos personagens, o que influencia diretamente na opinião dos mesmos.
O filme se passa na sala de um júri, na qual os doze jurados devem decidir por unanimidade quanto à culpa ou inocência de um garoto de dezoito anos acusado de assassinar o seu pai com uma facada, o que culminaria em sua morte ou absolvição.
Apesar de todos os personagens terem sua importância na trama, quatro possuem destaque na análise de suas percepções pessoais: o primeiro a questionar a possibilidade da inocência do réu, que chamaremos de “Advogado”; o mais convicto de sua culpa e último a aceitar sua inocência, que chamaremos de “Promotor”; o jurado mais velho e o primeiro a apoiar o “Advogado”, que chamaremos de “Velhinho”; e o jurado que se sentava ao lado do “Velhinho”, que chamaremos de “Julgador”.
Antes de começarem a discutir sobre o assunto, os jurados decidem fazer uma votação para saberem a situação em que se encontravam. Todos votaram na culpa do réu, menos o “Advogado”, que o fez não pela certeza da inocência, mas sim pela falta de certeza da culpa. Nessa situação, percebemos uma empatia do “Advogado” pelo réu, devido à vida sofrida deste último marcada por abandonos e violência. Ele se coloca na pele do garoto e questiona o que nenhum dos outros jurados, bem como o advogado do