: Doze homens e uma sentença O filme trata do julgamento de um jovem desfavorecido socialmente, acusado do suposto assassinato do pai. O que faz com que se reúnam doze homens, o júri, na busca de elucidar sua inocência ou culpabilidade. Inicialmente, onze homens votam pela condenação e apenas um, afirmando não ter certeza, lança questionamentos, solicitando maior reflexão sobre o fato, ele diz “só quero debater um pouco mais”. Inconsistências argumentativas, impasses e muitas análises fazem com que o júri, unânime, decida sobre o futuro do jovem. Esse filme permite ao leitor, diante dos diferentes “tipos” que formam o grupo de jurados, todos eles homens, refletir acerca da condição humana, marcada pelo conhecimento de mundo de cada um: o lugar onde nasceu, as pessoas com as quais conviveu, se estudou, trabalhou... Cada um dos jurados apresentava características únicas e com muita dificuldade, é que conseguiram se desfazer de seus preconceitos, limitações, falsos moralismos, para analisar o caso julgado como realmente um júri deve fazer. Passam a analisar, inclusive, o comportamento das testemunhas. Também o menino acusado, passa a ser percebido de maneira diferente quando o júri busca compreender sua situação social. Como convivia com o falecido pai, o lugar onde morava, as atividades que exercia e o porquê cometeria tal crime. Essas questões levaram o grupo de jurados a analisar a situação de uma maneira mais humana, e ainda mais racional, pois o próprio juiz já os havia alertado quanto ao parecer final “um homem está morto e a vida de outro está em jogo”. Por isso, deveriam pensar muito bem, antes de emitir um juízo de valor. Nesse sentido, é possível afirmar que o filme “Doze homens e uma sentença” oferece ao leitor um momento de repensar posicionamentos, de considerar comportamentos e rever a postura que se tem quando se pretende julgar uma outra pessoa, ainda que esse julgamento seja de ações diárias e não, necessariamente, em um tribunal. O filme nos ensina,