Resenha do filme 12 homens e uma sentença
Já na pequena, sufocante e infernal sala onde os jurados se sentam para debater sobre a escolha do grupo, Sidney Lumet, de "Serpico" e "Antes que o Diabo Saiba que Você está Morto" faz sua estréia no cinema como diretor usando vários recursos inteligentes como planos-sequências, iluminação e diálogos afiados, empurrados por Henry Fonda - único no grupo que contesta as provas apresentadas e até então irrefutáveis de que o garoto seria culpado pelo crime. A decisão deve ser unânime - ou todos votam culpado, ou o contrário. Fonda, um arquiteto que em tarde inspirada atua como advogado, policial, legista e sonoplasta vai aos poucos convencendo seus companheiros de que há chance de inocência no caso do rapaz.
Apesar de possuir um final bastante previsível, "12 Homens e Uma Sentença" brilha por manter o ritmo tenso em absolutamente 100% do tempo em seus 96 minutos de duração, utilizando praticamente apenas uma sala como locação. Cada personagem vai ganhando força durante as discussões, e todos eles passam por claras transformações pessoais a medida em que a conversa segue.
Indicado a 3 Oscar, o filme tem linearidade perfeita, ou seja, os mesmos minutos transcorridos na história são os que passamos em frente a tela assistindo. Os jurados são apenas conhecidos por números, sendo que os únicos nomes citados no fim são de Henry Fonda (Davis) e Joseph Sweeney(McCardle). O filme figura na 87ª posição da lista da AFI dos melhores de todos os tempos. Um clássico imperdível de tramas de