psicologia

959 palavras 4 páginas
O filme “12 Homens e uma Sentença” gira em torno de um julgamento, no qual um jovem de 18 anos é acusado de ter matado o próprio pai. Como de praxe no sistema de processo penal estadunidense, dever-se-á decretar a sentença deste crime mediante deliberação de um júri popular. No caso concreto, os doze jurados detinham o poder de condenar o jovem à pena de morte e para isto, preconiza-se a necessidade de unanimidade, concomitante, por óbvio, a orientação de inocência do réu até que se prove o contrário.
A trama se passa, essencialmente, na sala do júri, em Nova Iorque (1957), onde os jurados deliberam sobre todo o processo. Inicialmente, ocorre uma votação para verificar quem considera o paciente culpado ou inocente; dos doze ali presentes, onze votaram pela condenação e apenas um, o arquiteto Davis (interpretado brilhantemente por Henry Fonda), apresentava-se disposto a discutir sobre os fatos interpostos no julgamento, pois exclamava ter uma razoável dúvida sobre o homicídio e, portanto, seu voto seria pela inocência até que o provassem do contrário.
Dirigido por Sidney Lumet e roteirizado por Reginald Rose, “12 Homens e uma Sentença” é um filme cativante que consegue envolver quem o assiste de tal maneira que faz deste um “novo jurado”, o único cenário em mais de 90% dos noventa e seis minutos de filme estende-se ao espectador em todos os sentidos; tudo ali se transforma numa densa sala de jurados, onde o comportamento social dos doravantes detentores da dádiva da vida delimita a trama e o drama da obra.
O oitavo jurado, Davis, inflamado por uma imensa vontade de defender seus princípios, e impressionante capacidade de argumentação e observação, põe-se a discutir todos os detalhes da investigação. Como se citasse o escritor brasileiro Augusto Cury: “As grandes ideias surgem da observação dos pequenos detalhes”, Davis se apresenta a quem o escuta com atenção como alguém que está ali para cumprir um chamado, um dever. Ainda que em seu âmago possa não existir

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