Resenha 12 anos de escravidão

12 ANOS DE ESCRAVIDÃO – RESENHA DO FILME
O filme conta a história de Solomon Northup, um afro-americano nascido livre no Estado de Nova York, fazendeiro e violonista, sequestrado em 1841 e vendido como escravo. Ele trabalhou em plantações no Estado da Louisiana por 12 anos antes de sua libertação. Ele nasceu em 1808 e supostamente faleceu em 1863. Após a sua libertação em 1853 ele retornou para sua família, publicando em 1853 suas memórias do tempo de escravidão.
Como homem livre, não tinha experiência da servidão, mantendo um olhar de indignação e espanto sobre tudo o que enxergava, sejam as atitudes malvadas dos senhores com os escravos, o regime insuportável de trabalho a que eram submetidos e a terrível desagregação moral entre os prisioneiros. Além da exploração da mão-de-obra, havia espancamentos e humilhações constantes.
Comparativamente, para o Brasil, o tráfico de africanos foi muito maior que o dirigido aos Estados Unidos (EUA). Aqui, em quase 4 séculos de escravatura, desembarcaram 4,8 milhões de prisioneiros. Nos EUA, o sistema durou 240 anos e recebeu o total de 389 mil escravos. No Brasil havia a reposição de mão de obra com a importação de novos escravos e as condições de nutrição eram piores que nos Estados Unidos, levando a uma taxa maior de mortalidade entre os escravos. Desde o início do século XIX, a mão de obra escrava nos EUA cresceu, principalmente, pela reprodução natural. Outra diferença importante era a possibilidade de alforria no Brasil. Segundo o censo de 1872, o primeiro realizado no Brasil, de cada quatro negros, três eram homens livres. Nos EUA, até a véspera da Guerra da Secessão, 90% dos negros ainda eram escravos.
Na atualidade, com relação às as primeiras normas legais sobre o trabalho escravo, o Estado brasileiro rati¬ficou a Convenção nº 29, sobre Trabalho Forçado ou Obrigatório, em 1957 e a Convenção 105, sobre Abolição do Trabalho Forçado, em 1965, ambas da Organização Internacional do Trabalho (OIT). As normas de